Motorista envolvida em acidente que deixou duas crianças em estado grave em Juiz de Fora se recusou a fazer teste do bafômetro e exame de sangue, diz polícia
16/10/2024
(Foto: Reprodução) Delegado responsável pelo caso, Rodolfo Rolli, pediu a oitiva em cartório dos PMs que registraram a batida para comprovar o possível estado de embriaguez da condutora. Ele afirmou que Marinne Oliveira dificultou a prova material, por isso busca na investigação testemunhos, que são admitidos em casos de embriaguez no trânsito. Defesa da mulher afirma que ela não estava sob efeito de álcool e apresenta laudo. Garrafa de cerveja vazia é encontrada em carro de motorista que se envolveu em acidente em Juiz de Fora
Polícia Militar/Divulgação
O delegado Rodolfo Rolli, que investiga o acidente entre dois carros na Serra do Bandeirantes, em Juiz de Fora, no último domingo (13), que deixou duas crianças gravemente feridas, informou que pediu a oitiva em cartório – quando a pessoa presta depoimento e esse é formalizado – dos PMs que registraram a batida, a fim de comprovar o possível estado de embriaguez da condutora envolvida na ocorrência.
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Segundo o responsável pelo caso, Marinne Oliveira, de 36 anos, negou-se a fazer o teste do bafômetro e não autorizou a coleta de sangue, apesar do exame clínico dela não apontar sintomas de álcool.
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Acidente entre carros deixa duas crianças gravemente feridas na Serra dos Bandeirantes, em Juiz de Fora
A defesa da motorista, no entanto, contesta a versão, apresentando laudos periciais que comprovariam que ela não estava sob efeito de substâncias. De acordo com o documento divulgado pelo advogado Eider Tavares, ela tinha aparência preservada, boa elocução, era colaborativa e memória mantidas.
Acidente será investigado pela Polícia Civil
Em nota divulgada à imprensa, Rodolfo Rolli anunciou outras medidas que serão tomadas durante a investigação do caso. São elas:
Pedir laudo do local do acidente para determinar qual veículo causou a batida
Oitiva dos demais envolvidos na ocorrência
Liberação de filmagens registradas em câmeras de monitoramento na região
Nova ordem de serviço para que os investigadores apurem de onde a condutora partiu no Bairro Aeroporto, se havia uma festa, se o local tem filmagens que devem ser recolhidas e também se há eventuais testemunhas que a tenham visto ingerindo bebida antes de assumir a condução do veículo
O que diz o BO?
Após o boletim de ocorrência ao qual a TV Integração teve acesso, Marinne Oliveira contou à polícia que subia a Rua Paracatu e não viu nada antes do acidente, apenas o airbag acionando.
Já o motorista de aplicativo que conduzia o outro veículo envolvido, no qual estavam três crianças e os pais, também afirmou que não se lembra do ocorrido.
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O pai das crianças, por sua vez, disse em entrevista à TV Integração que estava sentado no banco do carona e usava o cinto de segurança.
"Nós estávamos saindo da igreja e chamamos um carro de aplicativo para voltar para casa, já que estava chovendo. O carro descia a Serra dos Bandeirantes e, no momento da curva, que eu me lembre, o carro preto já bateu na gente", contou Lucas Teixeira de Mendonça do Patrocínio.
Lucas Teixeira afirmou ainda que a esposa e os três filhos não usavam cinto de segurança e que a motorista do outro veículo tentou fugir por estar embriagada, mas essa informação não consta no registro policial.
Quando a PM chegou ao local, foi solicitado que os dois condutores realizassem o teste do bafômetro. O motorista de aplicativo aceitou fazer o teste, que deu negativo. Já a mulher, que estava sozinha no outro carro, se negou a realizar o procedimento. O registro da PM indica que ela “apresentava olhos vermelhos, o que sugere um dos sinais típicos de alguém que fez uso de bebida alcoólica”.
A defesa de Marinne Oliveira salientou que o sintoma relatado no documento policial “não configura, por si só, sinais de embriaguez, conforme a resolução 432 de 2013 do CONTRAN, disposta no anexo II, tópico VI”.
O que diz a defesa
Em nota divulgada nesta quarta-feira (16), advogados dos escritórios Chaves e Tavares Advogados e Coimbra Ferolla e Viana Advogados, que fazem a defesa de Marinne, voltaram a afirmar que ela não se encontrava embriagada no momento do acidente.
"Temos a informar que em um momento de insegurança, ela se recusou pois havia ingerido bebida alcoólica mais de 18 horas antes, mas acreditava, com base em um "conhecimento popular" equivocado, que o álcool poderia permanecer em seu organismo por até 24 horas, mesmo após descanso, alimentação e hidratação".
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Bombeiro Militar/Divulgação
Ainda conforme o texto, a garrafa de long neck encontrada em seu carro foi consumida na sexta-feira, "ocasião em que Marinne ocupava o banco do passageiro, logo, este detalhe não tem qualquer relação com o acidente ocorrido no domingo e mencioná-lo ajuda a esclarecer os fatos".
A defesa também informou que ela não teria tentado deixar o local logo após a batida: "Após o impacto, Marinne chegou a ficar desacordada dentro do carro e foi retirada dele por um indivíduo que ela desconhece e que lhe auxiliou, levando-a para próximo de uma garagem e deixando-a deitada, onde recebeu os primeiros atendimentos até, posteriormente, ser encaminhada ao HPS, visto que sentia fortes dores abdominais".
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